Só porque é diferente, significa que é bom?

Mallu, a geniazinha fenômeno indieota, folk you da internet.

No meio de um cenário musical conturbado, com uma repetição infinita de bandas altamente similares – e ruins – isso para não mencionar no tão nacionalmente popular “funk”, eis que surge algo com um gosto diferente, Mallu Magalhães, dita ser prodigiosa e fenomenal – primeiramente por um jornalista, só para variar - mas...como é mesmo?

A primeira vez que tive noticia de tal “fenômeno” foi em uma revista Época, anunciando o seu recente namoro com o músico Marcelo Camelo, ex-integrante dos Los Hermanos que lança agora seu trabalho solo. Depois li mais alguma coisa sobre ela e lá fui eu no Last.Fm pesquisar sobre aquela menina dita tão promissora. Escutando pela primeira vez, gravações em estúdio, não achei nem bom nem ruim. Tudo muito simples e tosco: voz, letras, inglês, violão, enfim, nada realmente que se qualificasse em “a salvação da musica brasileira”. Ver suas aparições em diversos programas de televisão não ajudou muito na minha opinião, pelo contrário, ver uma garota de 16 anos - que se passa por super culta e inteligente – gaguejar, responder mal e monossilabicamente ou, simplesmente, não responder simples questões perguntadas pelos entrevistadores, foi algo simplesmente aterrorizante. Ela nunca se comportou devidamente em alguma entrevista – não que eu saiba - mas é claramente visível que essa atitude foi se acentuando ao decorrer da repercussão de sua carreira, quando, na verdade, deveria ir desaparecendo. Tudo isso seguido da falta de talento para tocar e cantar ao vivo, principalmente em português, seus gemidos agudos e desafinados, e seu esforço para parecer diferente.

Mallu Magalhães, 15 anos, na então época de seu surgimento, nascida em família de recursos de São Paulo, talvez por isso desde cedo tenha sido influenciada por artistas como The Beatles, Belle and Sebastian, Bob Dylan e Johnny Cash Teve oportunidade de ter uma série de instrumentos para o seu “hobby”, sendo então considerada uma cantora multinstrumentista. Quando teve oportunidade foi a um estúdio gravar algumas de suas canções e, por fim, disponibilizou essas gravações no Myspaces, onde milhares de bandas e artistas surgem todos os dias, o que pode abrir ate uma segunda discussão sobre os poderes dessa ferramenta que é a internet, mais deixamos isso para depois. O tempo passou e, pronto, o frisson já esta instalado. Mallu virou a “garota-gracinha”, ainda tão inocente e pura, com suas letras alegrinhas e bobas, com os nomes super-astral de seus instrumentos, com seus desenhos de traços toscos e infantis, e suas citações sem sentido, tudo é claro extremamente genial. Até esse ponto? Tudo bem, tem tanta coisa ruim por ai e nos escutamos sem medo. A diferença? Mallu é definitivamente ordinária – no sentido de comum – e é considerada uma cantora extraordinária.

Como se isso não bastasse Mallu faz realmente parecer que a juventude está perdida, faz parecer surpreendente uma menina “tão jovem” se interresar por artistas “antigos e bons”, visando que gosto é subjetivo. Jovem que gosta de The Beatles, Belle and Sebastian, Bob Dylan e Johnny Cash? Têm muitos por ai. Jovem que lê? A mesma coisa. Vestir-se diferente? Também. O problema é que ninguém vê esses outros jovens e, pior, eles não estão na TV, não fazem sucesso, então eles são estranhos certo? Pior ainda é que, desses jovens, encontram-se aqueles com real talento, aqueles que têm algo de verdade para oferecer a música brasileira. Mallu Magalhães, para mim, não é uma péssima artista porque canta mal, toca mal; não é estranha porque se veste diferente, quer colocar um sapato de cada cor, pintar o olho etc, Mallu, para mim, é uma péssima artista porque finge ser o que não é, adota um comportamento e estilo apenas no intuito de parecer – e aparecer – diferente, não há honestidade, não há sinceridade no que essa garota faz. Ser diferente é normal, desde que seja natural.

Enfim, aqui termino minha sincera critica a essa cantora. Minha esperança é que depois do desaparecimento, tão repentino quanto o surgimento na mídia, não apareça – como, infelizmente, acaba acontecendo – uma legião de cantoras “indie-folk” prontas para repetir o mesmo fiasco.

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Não se assute com a foto! [risos]
É engraçado que tantos artistas/bandas ja foram considerados "salvação da musica/do rock" [não vou citar nomes se não eu me exalto aqui, risos] mas só dá uma olhada no cenário musical inglês, por exemplo. Geralmente a NME tem sempre uma "nova banda salvação do rock", é estranho mas nem por isso elas - ou a maioria - se afeta por causa disso.
Eu ia postar algo ontem, mas acabou não dando tempo. Resolvi dar um ultimato na minha opinião sobre essa garota, já que ainda não tenho nenhum texto pronto para ser postado aqui. Só para variar não saiu como eu queria/pensei, eu tenho que me lembrar de anotar as coisas assim que elas vem na minha cabeça. Mas ta tudo bem, hoje eu to feliz e com tendêndcias a falar merda porque vi Teddy Picker na TV.